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quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Antioxidantes podem dobrar taxa de metástase do câncer de pele

Uma nova pesquisa realizada na Universidade de Gotemburgo, Suécia, constatou que os antioxidantes podem dobrar a taxa de metástase do melanoma, o câncer de pele mais agressivo.

Os resultados reforçam resultados anteriores que haviam mostrado que os antioxidantes aceleram a progressão do câncer de pulmão.

Segundo o coordenador da pesquisa, o professor Martin Bergo, pessoas com câncer ou com um risco elevado de desenvolver a doença devem evitar suplementos nutricionais que contêm antioxidantes.

A mesma equipe havia demonstrado em janeiro do ano passado que os antioxidantes aceleram e agravam a progressão do câncer de pulmão, com os animais de laboratório que receberam suplementos de antioxidantes desenvolvendo tumores mais agressivos. Experimentos com células de câncer de pulmão humanos confirmaram os resultados.

Isto fez a equipe se voltar para outros tipos de câncer, para verificar se os antioxidantes podem ter o mesmo papel em outros tumores, e as suspeitas se confirmaram.

Radicais livres e antioxidantes

Dada a quantidade de literatura científica concluindo que os radicais livres podem causar câncer, a comunidade científica tinha simplesmente assumido que os antioxidantes, que destroem os radicais livres, forneceriam uma proteção contra a doença. Isso gerou uma nova indústria de suplementos nutricionais antioxidantes, hoje amplamente comercializados como um meio de prevenção do câncer.

Contudo, quando a questão foi estudada diretamente, um estudo após o outro vem mostrando que os antioxidantes podem agravar o câncer e acelerar o envelhecimento.

O trabalho da equipe sueca, por exemplo, mostrou que a ingestão de suplementos antioxidantes dobra a taxa de metástase em pacientes com melanoma, o tipo mais perigoso de câncer de pele.

"Ao contrário dos estudos do câncer de pulmão, o tumor primário do melanoma não foi afetado," diz o professor Bergo. "Mas os antioxidantes aumentaram a capacidade das células tumorais para metastatizar. Um problema ainda mais sério porque a metástase é a causa de morte no caso do melanoma. O tumor primário não é perigoso por si só e é normalmente removido."

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Melanoma

O melanoma é um tipo de câncer que tem origem nos melanócitos (células produtoras de melanina, substância que define a cor da pele) e tem predominância em adultos brancos. Embora só represente 4% dos tipos de câncer de pele, o melanoma é o mais grave devido à sua alta possibilidade de metástase.

Epidemiologia

O melanoma de pele é menos freqüente do que os outros tumores de pele (basocelulares e epidermóide), porém é mais letal. Tem-se observado um expressivo crescimento na incidência deste tumor em populações de cor de pele branca. Quando os melanomas são detectados em fases iniciais os mesmos são curáveis.

Nos últimos anos, houve uma grande melhora na sobrevida dos pacientes com melanoma, principalmente devido à detecção precoce.


Fatores de Risco

Os fatores de risco, em ordem de importância, são:
  • sensibilidade ao sol (queimadura pelo sol e não bronzeamento)
  • pele clara
  • exposição excessiva ao sol
  • história prévia de câncer de pele
  • história familiar de melanoma
  • nevo congênito (pinta escura)
  • maturidade (após 15 anos de idade a propensão para este tipo de câncer aumenta)
  • xeroderma pigmentoso (doença congênita que se caracteriza pela intolerância total da pele ao sol, com queimaduras externas, lesões crônicas e tumores múltiplos)
  • nevo displásico (lesões escuras da pele com alterações celulares pré-cancerosas)

Prevenção

Assim Como os outros tipos de câncer de pele, o melanoma pode ser prevenido evitando-se a exposição ao sol no horário das 10h às 16h, quando os raios são mais intensos. Mesmo durante o período adequado é necessária a utilização de proteção como chapéu, óculos escuro, guarda-sol e filtros solares com fator de proteção 15 ou mais.
Melanoma


Sintomas

O melanoma pode surgir a partir da pele normal ou de uma lesão pigmentada. A manifestação na pele normal se dá a partir do aparecimento de uma pinta escura de bordas irregulares acompanhada de coceira e descamação.

Em casos de uma lesão pigmentada pré-existente, há um aumento no tamanho, uma alteração na coloração e na forma da lesão que passa a apresentar bordas irregulares.

Diagnóstico


A coloração pode variar do castanho-claro passando por várias tonalidades chegando até à cor negra (melanoma típico) ou apresentar área com despigmentação (melanoma com área de regressão espontânea). O crescimento ou alteração da forma é progressivo e se faz no sentido horizontal ou vertical. Na fase de crescimento horizontal (superficial), a neoplasia invade a epiderme, podendo atingir ou não a derme papilar superior. No sentido vertical, o seu crescimento é acelerado através da espessura da pele, formando nódulos visíveis e palpáveis.

Tratamento

A cirurgia é o tratamento mais indicado. A radioterapia e a quimioterapia também podem ser utilizadas dependendo do estágio em que o câncer se encontra. Quando há metástase, o melanoma é incurável na maioria dos casos. A estratégia de tratamento para a doença avançada tem então como objetivo aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Carcinoma Espinocelular


O carcinoma espinocelular (também chamado de carcinoma das celulas escamosas, epidermóide, espinalioma ou epitelioma espinocelular) é um tumor maligno da pele, representando cerca de 20 a 25% dos cânceres da pele. Os carcinomas epidermóides têm origem no queratinócio da epiderme, podendo também surgir no epitélio escamoso das mucosas. Pode surgir em áreas de pele sadia ou previamente comprometidas por algum outro processo como cicatrizes de queimaduras antigas, feridas crônicas ou lesões decorrentes do efeito acumulativo da radiação solar sobre a pele, como as ceratoses solares e vem acompanhada de secreção e de coceira.

O crescimento deste câncer é mais rápido que o carcinoma basocelular, atinge a pele e as mucosas (lábios, mucosa bucal e genital). A maior gravidade do carcinoma epidermóide é devido à possibilidade que esse tipo de câncer tem de apresentar metástase (formação de uma nova lesão tumoral a partir de outra, mas sem continuidade entre as duas). A proteção solar é a melhor forma de prevenir o seu surgimento pois sua localização mais frequente são as áreas de pele expostas continuamente ao sol.

Manifestações clínicas
As lesões atingem principalmente o rosto e a parte externa dos membros superiores. No inicio são pequenas, endurecidas e tem crescimento rápido, podendo chegar a alguns centímetros em poucos meses. Crescem infiltrando-se nos tecidos subjacentes e também para cima, formando lesões elevadas ou vegetantes (aspecto de couve-flor). É frequente haver formação de feridas ou ulcerações com sangramento.

O carcinoma espinocelular pode produzir metástases. É, portanto, fundamental o diagnóstico e tratamento precoce do câncer para evitar o comprometimento de outros órgãos, o que piora as chances de cura.

Além da proteção solar, o tratamento das lesões que podem originar a doença são medidas para preveni-la. No caso de suspeitar de alguma lesão, procure um dermatologista o mais rápido possível para uma avaliação e diagnóstico precoce.

Tratamento

O tratamento do carcinoma espinocelular é cirúrgico, através da retirada total da lesão e deve ser realizado o mais rápido possível para se evitar ocorrência de metástases. Também pode ser realizada radioterapia no tratamento deste câncer, no entanto é necessário que o tumor seja diagnosticado precocemente.